domingo, 27 de janeiro de 2013

São Tomás de Aquino



Ninguém se aproximou da teologia ou da filosofia tomista sem ter haurido nesta fonte a mais excelente doutrina. O nome de São Tomás de Aquino é um marco para todos aqueles que buscam a verdade. Entretanto, nos pormenores de sua vida e em sua extraordinária personalidade descobrimos mais do que um teólogo: um grande Santo.

A busca da verdade é tão antiga quanto o próprio homem, e não há um só entre os seres racionais que não deseje possuí-la. Por outro lado, a privação desse excelente bem acaba dando à coletividade humana uma face desfigurada, que se explica pela adesão a falsas doutrinas ou a meias verdades. Nossa sociedade ocidental é um exemplo dessa profunda carência que não encontra nos avanços da técnica nem na fugacidade dos vícios uma resposta satisfatória.

Um menino que buscava o Absoluto

Mas, afinal, o que é a verdade? Esta era uma das perguntas que o pequeno Tomás fazia em seus tenros cinco anos de idade. Segundo um costume da época, sua educação foi confiada aos beneditinos de Monte Cassino, onde ele passou a morar.


Vendo um monge cruzar com gravidade e recolhimento os claustros e corredores, puxava sem hesitar a manga de seu hábito e lhe perguntava: "Quem é Deus?" Descontente com a resposta que, embora verdadeira, não satisfazia inteiramente seu desejo de saber, esperava passar outro filho de São Bento e indagava também a ele: "Irmão Mauro, pode me explicar quem é Deus?"

Mas... que decepção! De ninguém conseguia a explicação desejada.

Como as palavras dos monges eram inferiores à ideia de Deus que aquele menino trazia no fundo da alma!

Foi nesse ambiente de oração e serenidade que transcorreu feliz a infância de São Tomás de Aquino.

Nascido por volta de 1225, era o filho caçula dos condes de Aquino, Landolfo e Teodora. Entrevendo para o pequeno um futuro brilhante, seus pais lhe proporcionaram uma robusta formação.

Mal podiam imaginar que ele seria um dos maiores teólogos da Santa Igreja Católica e a rocha fundamental do edifício da filosofia cristã, o ponto de convergência no qual se reuniriam todos os tesouros da teologia até então acumulados e do qual partiriam as luzes para as futuras explicitações.
 

domingo, 6 de janeiro de 2013

A Epifania do Senhor

« Os Reis de Társis e das ilhas vão trazer-lhe ofertas, os reis de Sabá vão pagar-lhe tributo. Que o adorem todos os reis da terra e o sirvam todas as nações» (cf. Sal 72). A Solenidade de hoje mostra-nos o cumprimento desta profecia. Os sábios “pagãos” vão à manjedoura de Belém. 

O nascimento do Salvador apresenta-se como um acontecimento que interessa não só ao Povo de Israel, mas a todo homem. A liturgia apresenta um fato particular – a adoração dos Magos – e, através de tal acontecimento, insere-nos na Realidade divina. Eis a pedagogia divina: A Encarnação.

Os três Magos, cujos restos mortais são custodiados na Catedral de Colônia, eram homens em atitude de profunda espera, que escrutavam os céus em busca dos sinais do Criador. Para fazer-se encontrar por eles, o Senhor utiliza aquilo que lhes era mais familiar: a estrela. 

Tratava-se de uma estrela com luminosidade e dimensões similares a qualquer outra, mas que ao mesmo tempo, era absolutamente única. De fato, ao resplandecer sobre suas faces reacendia os seus corações, mostrando para qual Luz fossem realmente feitos e colocando-os em caminho.

Tratava-se de um “sinal”, algo de absolutamente comensurável, mas que remetia a uma Realidade superior ao próprio significado.
 

sábado, 5 de janeiro de 2013

Os Reis Magos



Que tipo de homens eram os Reis Magos?

A homilia de Bento XVI na Solenidade da Epifania, em 06 de janeiro de 2012


Queridos irmãos e irmãs,

A Epifania é uma festa da luz. «Ergue-te, Jerusalém, e sê iluminada, que a tua luz desponta e a glória do Senhor está sobre ti» (Is 60, 1). Com estas palavras do profeta Isaías, a Igreja descreve o conteúdo da festa. Sim, veio ao mundo Aquele que é a Luz verdadeira, Aquele que faz com que os homens sejam luz. Dá-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus (cf. Jo 1, 9.12). 
Para a liturgia, o caminho dos Magos do Oriente é só o início de uma grande procissão que continua ao longo da história inteira. Com estes homens, tem início a peregrinação da humanidade rumo a Jesus Cristo: rumo àquele Deus que nasceu num estábulo, que morreu na cruz e, Ressuscitado, permanece conosco todos os dias até ao fim do mundo (cf. Mt 28, 20). 
A Igreja lê a narração do Evangelho de Mateus juntamente com a visão do profeta Isaías, que escutamos na primeira leitura: o caminho destes homens é só o início. Antes, tinham vindo os pastores – almas simples que habitavam mais perto de Deus feito menino, podendo mais facilmente «ir até lá» (cf. Lc 2, 15) ter com Ele e reconhecê-Lo como Senhor. 

Mas agora vêm também os sábios deste mundo. 
Vêm grandes e pequenos, reis e servos, homens de todas as culturas e de todos os povos. 
Os homens do Oriente são os primeiros, seguidos de muitos outros ao longo dos séculos. 
Depois da grande visão de Isaías, a leitura tirada da Carta aos Efésios exprime, de modo sóbrio e simples, a mesma ideia: os gentios partilham da mesma herança (cf. 3, 6). Eis como o formulara o Salmo 2: «Eu te darei as nações por herança, e os confins da terra para teu domínio» (v. 8).

Os Magos do Oriente vão à frente. Inauguram o caminho dos povos para Cristo. Durante esta Missa, vou conferir a Ordenação Episcopal a dois sacerdotes, consagrá-los-ei Pastores do povo de Deus. Segundo palavras de Jesus, caminhar à frente do rebanho faz parte da função do Pastor (cf. Jo 10, 4). 
Por isso naqueles personagens, que foram os primeiros pagãos a encontrar o caminho para Cristo, talvez possamos – não obstante todas as diferenças nas respectivas vocações e tarefas – procurar indicações para a missão dos Bispos. Que tipo de homens eram os Magos? Os peritos dizem-nos que pertenciam à grande tradição astronômica que se fora desenvolvendo na Mesopotâmia no decorrer dos séculos, e era então florescente. 
 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O Santíssimo Nome de Jesus

É em nome do Divino Salvador que a Igreja reza, cura os enfermos, evangeliza os povos, expulsa os demônios, enfim, realiza sua obra de salvação das almas. "E seu nome será: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz" (Is 9, 5).


Sim, quanto é maravilhoso, rico e simbólico este nome que, segundo o Profeta Isaías, significa "Deus conosco"! Como o Arcanjo Gabriel deve ter elevado a Santíssima Virgem Maria - que ponderava todas as coisas em seu coração - com estas palavras no momento da Anunciação: "E Lhe porás o nome de Jesus"! (Lc 1,31).

Fecunda fonte de inspiração

Esta frase, que ficou indelevelmente gravada no Imaculado Coração de Maria, chega aos ouvidos dos fiéis de todos os tempos, no orbe terrestre inteiro, fecundando os bons afetos de todo homem batizado. Ao longo dos séculos, diversas almas monásticas e contemplativas foram inspiradas por ela a tal ponto que inúmeras composições de canto gregoriano versam sobre o suave nome do Filho de Deus.

Há uma misteriosa e insondável relação entre o nome de Jesus e o Verbo Encarnado, não sendo possível conceber outro que lhe seja mais apropriado.

É o mais suave e santo dos nomes. Ele é um símbolo sacratíssimo do Filho de Deus, e sumamente eficaz para atrair sobre nós as graças e favores celestiais. O próprio Nosso Senhor prometeu: "Qualquer coisa que peçais a meu Pai em meu nome, Ele vo-la concederá" (Jo 14,13). Que magnífico convite para repeti-lo sem cessar e com ilimitada confiança!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Escala Paroquial das Santas Missas - Janeiro de 2013


01 – 3ª Feira: Matriz São José às 8h/ São Vicente às 10h / Santa Rita às 19h

02 - 4ª Feira:  Santa Teresa às 19h

03 - 5ª Feira: Confissões e Adoração às 18h e Santa Missa às 19:30h  – Matriz São José

04 – 6ª Feira:  São Francisco às 19:30h

05 - Sábado:  São José – Rio Grande às 18h

06 - Domingo: Matriz São José às 8h / Sagrado Coração de Jesus às 10h/ Santa Rita às 17h30 / São Gabriel às 19h

07 - 2ª Feira: Santa Teresa às 19h

08 - 3ª Feira: Santa Luzia às 19:30h

09 - 4ª Feira: Santo Antônio (Buenos Aires) às 19h

10 - 5º Feira: Confissões e Adoração às 18h e Santa Missa às 19:30h  – Matriz São José

11 - 6ª Feira: Nossa Senhora Auxiliadora  às 19:30h

12- Sábado:  São Cristóvão às 17h30 / Nossa Senhora de Fátima  às 19h

13 - Domingo: Matriz São José às 8h / São Benedito às 10h/  Santa Rita às 17h30 / Santa Clara às 19h

14 - 2ª Feira: Santa Teresa às 19h

15 - 3ª Feira: Nossa Senhora das Graças  às 19:30h

16 - 4ª Feira:  São Bento às 19h

17 - 5º Feira: Confissões e Adoração às 18h e Santa Missa às 19:30h  – Matriz São José



18 – 6ª Feira:  Todos os Santos (Baía Nova) às 19h

19 – Sábado: Nossa Senhora Aparecida às 17h / São Sebastião (Festa do Padroeiro) às 19h

20 - Domingo: 8:00h – Matriz São José (Missa de envio de Fernando Marques Pereira) / 10:00h – São João Batista / 17:30h – Santa Rita / 19h – São Francisco

21 – 2ª Feira: Santa Teresa às 19h

22 – 3ª Feira: Santa Luzia às 19h30

23 – 4ª Feira:  Santa Rita às 19h30

24 – 5ª Feira: Confissões e Adoração às 18h e Santa Missa às 19:30h  – Matriz São José

25 – 6ª Feira: São Miguel às 19h30

26 - Sábado:  Santa Bárbara às 17h / São Roque às 19h

27 – Domingo: Matriz São José às 8h /  Nª Srª da Penha às 10h /  Santa Rita às 17h30 / Bom Jesus às 19h

28 – 2ª Feira:  Santa Teresa às 19h

29 – 3ª Feira:  São Vicente às 19h30
30 – 4ª Feira:  Santo Antônio – Félix às 19h

31 – 5ª Feira: São João Bosco (Festa do Padroeiro)  às 19h30

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Santa Maria, Mãe de Deus - 1º de Janeiro

A maternalidade de Maria resplandece com tão virginal fulgor, que todas as virgens, diante dEla, são como se não o fossem. Somente Ela é a Imaculada, a Virgem entre as virgens, a única que perfuma e torna perfeita a castidade de todas.

Oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é "a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor". Ela tem o direito de chamá-lo "Filho", e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe!

Foi a primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. Substituiu o costume pagão das dádivas e começou a ser celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931 era no dia 11 de outubro, mas com a última revisão do calendário religioso passou à data atual, a mesma onde antes se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após ter nascido.

Num certo sentido, todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade, começando pela solenidade da Anunciação, nove meses antes da Natividade. Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe no próprio seio aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que nasceu na noite de Belém.

Ela assumiu para si a missão confiada por Deus. Sabendo, por conhecer as profecias, que teria também seu próprio calvário, enquanto mãe daquele que seria sacrificado em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez carne por meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o Céu e a Terra. Contribuiu para a obtenção da plenitude dos tempos. Sem Maria, o Evangelho seria apenas ideologia, somente "racionalismo espiritualista", como registram alguns autores.

O próprio Jesus através do apóstolo São Lucas (6,43) nos esclarece: "Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto". Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre." (Lc1,42). O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. Quem aceita Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é Maria. Maria é de Jesus e Jesus é de Maria. Ou se aceita Jesus e Maria ou se rejeita a ambos.

Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia, no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a contemplação deste mistério exerça em nós a confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar ao caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e vaidades do mundo, e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida Eterna. Assim, com esses objetivos entreguemos o novo ano à proteção de Maria Santíssima que, quando se tornou Mãe de Deus, fez-se também nossa Mãe, incumbiu-se de formar em nós a imagem de seu Divino Filho, desde que não oponhamos de nossa parte obstáculos à sua ação maternal.

A comemoração de Maria, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, Nosso Senhor Jesus Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia de nossa Mãe, Maria Santíssima. Nos tempos sofridos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança!

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