quarta-feira, 25 de julho de 2012

São Joaquim e Sant´Ana - 26 de Julho



No dia 26 de Julho a Igreja comemora os avós de Jesus; pais de Nossa Senhora. Deus abençoou o matrimônio, e São Joaquim e Santa Ana, já anciãos, concebem um filho:
a Imaculada Virgem Maria

Ana e Joaquim, esposos judeus exemplares, viveram uma época crucial da história da Igreja da salvação, no momento em que estava para ser cumprida a promessa de Deus a Abraão, e a humanidade estava prestes a receber a resposta esperada pelos justos do Antigo Testamento, que aguardavam a consolação de Israel.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

São Cristóvão dos Motoristas - 25 de Julho




São Cristóvão, que teve a sublime ventura de transportar Jesus às costas, o bom gigante inabalavelmente daria a vida, sem se importar com a crueldade dos algozes.

São Cristóvão é o padroeiro dos motoristas e, por extensão, dos viajantes. Segundo a lenda grega, São Cristóvão era um bárbaro antropófago, da tribo dos cinocéfalos - homens com cabeça de cão - que se converteu, foi engajado nos exércitos imperiais e se recusou a apostatar, morrendo sob inomináveis torturas.

A lenda ocidental, apresenta-o diferentemente: um gigante com mania de grandezas. Servindo um rei poderoso, que, supunha, fosse o maior da terra, deixou-o, quando soube que Satanás era maior e mais poderoso.

Ouvindo qualquer coisa a respeito de Jesus, muitíssimo superior a Satanás, Cristóvão procurou informar-se. Buscou elucidações com um ermitão, e ficou sabendo que Nosso Senhor era absolutamente o reverso do demônio, apreciando os homens pela bondade para com o próximo, não pela grandeza.

Tendo-se fixado à beira de um rio caudaloso, para fazer bem aos semelhantes, propôs-se atravessar de uma margem a outra aqueles que disso necessitavam, valendo-se da força imensa de que era dotado.

Uma noite, um belo menino solicitou os préstimos do gigante. Cristóvão tomou-o nos ombros e iniciou a travessia da corrente.

À medida que avançava pelas águas, mais aquela tenra criaturinha lhe pesava assustadoramente. Que significava aquilo? Como pesava! Era de derrear! Dir-se-ia que levava aos ombros o peso do mundo! E o gigante, arfando e bufando, arrimado no bordão que arcava ao estranho peso, depois de lutar contra a fadiga, todo cansaço, conseguiu atingir a margem oposta, que levara um tempo infindo para ser alcançada.

Limpando o suor do rosto afogueado, Cristóvão, de narinas dilatadas, sorvendo sofregamente o ar que lhe fugia dos pulmões, exclamou ao menino, já em terra firme:

- O mundo não é mais pesado do que tu!

E o menino, sorrindo-lhe muito docemente, retrucou:

- Tu levaste sobre os ombros, mais do que o mundo todo - levaste o seu Criador! Eu sou o Jesus que tu serves!

Mais tarde, por aquele Jesus que teve a sublime ventura de transportar às costas, o bom gigante inabalavelmente daria a vida, sem se importar com a crueldade dos algozes.

São Cristóvão, logo, passou a ser invocado pelos condutores de veículos e pelos viajantes, E a fórmula Christophorum videas, postea tutus eas tornou-se comum através dos tempos. E aos que iam viajar, para que o fizessem com segurança e sem atrapalhações, aconselhava-se:

- Olha São Cristóvão e vai tranqüilo!

Diz o martirológio, numa síntese:

Na Lícia, São Cristóvao, mártir, que, sob o imperador Décio, tendo sido ferido com varas de ferro e preservado da violência do fogo pelo poder de Jesus Cristo, foi, afinal, atravessado de flechas e recebeu o martírio, pela decapitação (III Século?) 




Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XIII, p. 341 à 343

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Nossa Senhora da Penha - 1º Segunda da Páscoa





No ano de 1558, chegou à capitania do Espírito Santo o eremita português frei Pedro Palácios, uma bênção para o primeiro donatário da capitania, Vasco Fernandes Coutinho, que tinha muitas dificuldades com os índios, os quais assolavam as plantações dos portugueses, pelo que já tinha resolvido recorrer à religião para converter os índios e civilizá-los. Frei Palácios erigiu logo um pequeno santuário em cima de um grande rochedo, nu e escuro, cuja base está sempre batida pelo mar. Esse primitivo santuário existe ainda hoje: é um pavilhão retangular de 15 palmos de altura, onde cabem apenas quatro pessoas.

Segundo a tradição local, foi nesse acanhado recinto que frei Palácios colocou uma imagem de Nossa Senhora com o divino filho nos braços, na qual tinha grande devoção. A imagem era representada em um painel de pequenas dimensões que o religioso trouxera de Portugal. Para que pudesse contemplar mais de perto a querida imagem da Mãe de Deus e tributar-lhe mais a miúdo suas piedosas homenagens, o bom religioso habitava uma cavidade do rochedo, de onde podia enxergar o pavilhão e a imagem. Frei Palácios ocupava-se em catequizar os indígenas, tendo conseguido, graças a seu zelo, converter grande número deles.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Jovens Martires: Santa Maria Goretti - 6 de Julho



Seu nome - Maria Goretti - "se nos apresenta como um incitamento ao zelo da Igreja pela pureza, ao valor dessa virtude que ela sempre inculcou. De tal maneira que mais vale a pena à pessoa sacrificar sua vida do que perder a castidade".
A verdadeira felicidade exige coragem e espírito de sacrifício, rejeição de todo compromisso com o mal e disposição para pagar com a própria vida a fidelidade a Deus e aos seus Mandamentos.
"Nessa tarde, em Ferriere di Conca, um maniaco sexual, aproveitando a ausência de familiares, tentou violentar uma garota de 12 anos que morava na mesma casa que ele. A menina, que se chamava Maria, reagiu às tentativas do agressor e foi morta."
Fatos semelhantes a esse tornaram-se frequentes em nossos dias. Para muitos, este ato vil e ignóbil, já tem a aparência de corriqueiro... E, considerando apenas a frequência com que acontecem e são noticiados, até que seria fácil considerá-los banais, caso neles não estivessem envolvidos aspectos tão graves e elevados como a vida humana, os bons costumes, a moral e os mandamentos da Lei de Deus.


Lar pobre, profundamente cristão

Nascida em 16 de outubro de 1890, na aldeia de Corinaldo, próxima do mar Adriático, a segunda filha de Luigi Goretti e Assunta Carlini foi batizada logo no dia seguinte, com o nome de Maria Teresa. 
A família era pobre, mas profundamente Católica, e, seguindo o costume vigente naquele tempo, os pais fizeram com que Marietta - como passou a ser carinhosamente chamada - recebera o Sacramento da Crisma com apenas seis anos de idade.
Quando a menina tinha tão só sete anos, o pequeno campo de Luigi Goretti tornou-se insuficiente para manter a família, e ele decidiu emigrar para Colle Gianturco, nos arredores de Paliano, distante a uns 50 quilômetros de Roma, em busca de melhores oportunidades. 
Todavia, ali também não tiveram êxito: apesar da dura labuta sob o Sol abrasador, mal conseguiam o necessário para alimentar-se.
Dois anos depois, nova mudança se fez necessária, desta vez para Ferrieri di Conca, triste e pantanosa localidade agrícola, onde Luigi faleceu um ano depois de haverem ali chegado, com apenas 41 anos de idade, vítima da malária que grassava naqueles úmidos campos.
Marietta manifestava um caráter bondoso, dócil e humilde, e se revelou de uma maturidade precoce impressionante, diante da necessidade da mudança de vida que se lhe apresentou. 
Ajudou nos cuidados do pai enfermo como uma pessoa adulta e, após sua morte, assumiu os encargos do lar, para a mãe poder substituir o marido nos trabalhos do campo. Limpava a casa, buscava água na fonte, rachava lenha, cozinhava e cuidava dos quatro irmãos menores como uma pequena mãezinha. Quando lhes faltava o alimento, conseguia algo a custa de alguns trabalhos, como a venda de pombos e ovos no mercado da cidade próxima, Nettuno.
Não se esquecia da educação dos irmãozinhos: repreendia-os pelas travessuras, ensinava-lhes as boas maneiras, as orações e os rudimentos do Catecismo. Apaixonada pelo Santo Rosário, rezava-o todas as noites em companhia da mãe e dos irmãos, com uma piedade edificante. E depois de todos se recolherem, recitava mais um terço em sufrágio da alma de seu falecido pai.
Mais de uma vez viu a mãe sem um centavo na bolsa e sem uma fatia de pão no armário, chorando e lamentando-se pela falta do esposo. Nessas ocasiões, com o coração compungido, a menina a abraçava e beijava, esforçando- se para não chorar também, e dizia-lhe: "Coragem, mãezinha! Coragem! Dentro em pouco estamos crescidos, depressa nos faremos todos grandes... De que tem medo? Nós a sustentaremos!... Nós a manteremos!... Deus providenciará!...".[3]
Estes são alguns lampejos de sua alma angelical. Sua mãe, depois de falecida a filha, não deixava de dar testemunho de sua virtude: "Sempre, sempre, sempre obediente a minha filhinha! Nunca me deu o mais pequenino desgosto. Mesmo quando recebia alguma repreensão imerecida, por faltazinhas involuntárias, nunca se mostrou rebelde, nunca se desculpou, mas mantinha-se calma, respeitosa, sem nunca ficar amuada".[4]

Malfadada sociedade com os Serenelli

Em Ferrieri, Luigi trabalhava numa propriedade do conde Lorenzo Mazzoleni, em sociedade com Giovanni Serenelli e seu filho Alessandro.
Viúvo, muito dado ao vinho e sem discrição nas palavras, Giovanni não se preocupara com a educação do filho. 
Este, com 19 anos de idade, era um rapaz de caráter introvertido, sem qualquer formação religiosa. 
Nunca ia à Missa e apenas vez por outra acompanhava os Goretti na recitação do rosário, num canto da sala.
Sendo o único daquela casa que sabia ler, seu pai lhe trazia jornais com artigos de cunho anticlerical, além de novelas inconvenientes, contendo ilustrações que despertavam sua imaginação e exacerbavam-lhe os maus desejos. 
Ele as utilizava como decoração para as paredes de seu quarto.
Entretanto, devido à malfadada sociedade de trabalho estabelecida entre Luigi e Giovanni, as duas famílias residiam no mesmo imóvel. E Alessandro, como ele próprio confessou mais tarde, mesmo reconhecendo a candura daquela menina que o tratava como a um irmão mais velho, passou a fitá-la com olhares mal-intencionados, alimentando uma paixão que pouco tempo depois culminaria na conhecida tragédia.
Antes de morrer, Luigi - movido talvez por um mau pressentimento - havia aconselhado a esposa a voltar para Corinaldo. Ela, porém, presa pelo contrato e pelas dívidas, não tinha meios para sair da casa dividida com os Serenelli. Apesar de os quartos serem separados, a cozinha era comum e a pequena Marietta, embora com tão pouca idade, atendia às duas famílias nos afazeres domésticos.


Primeira Comunhão 

Naquela época era necessário ter doze anos para receber a Sagrada Eucaristia, e Marietta sofria por não poder alimentar-se do "Pão dos Anjos" e do "Vinho que engendra virgens". 
Seu desejo aumentava a cada domingo, quando ia à Missa com a mãe e a madrinha, enfrentando quatro horas de caminhada num caminho polvorento, até a igreja mais próxima.
Às suas insistentes súplicas de poder preparar-se para fazer a Primeira Comunhão, sua pobre mãe lhe respondia que, não sabendo ler, ela não tinha como aprender a doutrina. 
Além disso, na situação de penúria em que se encontravam, onde conseguir dinheiro para o vestido e as outras prendas? 
Determinada, a menina não se deixava abater.
Por fim, obteve autorização para ir certos dias à residência dos Mazzoleni, a fim de receber ensinamentos de sua piedosa governanta, e participar do Catecismo dos domingos, ministrado pelo senhor Alfredo Paliani para um grupo de jovenzinhos.

Sem prejuízo de seus afazeres domésticos, estudou e rezou durante onze meses, dando belos exemplos de virtude. Para assegurar-se da boa preparação da filha, Assunta fê-la submeter-se a um exame com o Arcipreste de Nettuno, o qual garantiu estar ela apta para receber Jesus em seu coração.

Após fazer os exercícios espirituais preparatórios, pregados por um sacerdote passionista, Marietta voltou para casa muito compenetrada e disse, em tom de voz sério: "Sabes, mamãe, o padre narrou-nos a Paixão de Jesus. E depois disse-nos que quando nós cometemos um pecado, renovamos a Paixão do Senhor".[5] Manifestava, com esta grave afirmação, o propósito de evitar a todo custo o pecado.

No dia da Primeira Comunhão, antes de sair para a igreja, estando já pronta, com o vestidinho branco que sua mãe lhe obtivera com muito esforço e um singelo véu que recebera de presente, pediu perdão de suas faltas à mãe, aos irmãos, aos Serenelli e aos vizinhos.

Era a festa de Corpus Christi de 1902, quando, não tendo ainda completado 12 anos, Maria Goretti recebia Nosso Senhor em seu coração. Quais terão sido as impressões e os colóquios divinos, nesse primeiro encontro entre Jesus Eucarístico e aquela alma inocente, disposta a nunca ofendê-Lo pelo pecado, mesmo à custa da própria vida? Só se saberá na eternidade...

A alegria e disposição de alma consequentes com o grande passo dado na vida espiritual manifestaram-se logo que Marietta chegou a casa. Abraçando a mãe, prometeu- -lhe: "Mãezinha, ó minha mãezinha, serei sempre e cada vez melhor!".

É melhor morrer do que pecar

Os frutos da Primeira Comunhão logo se fizeram sentir. 
Um dia, regressou ao lar contando haver visto uma companheira da catequese conversando maliciosamente com um jovem libertino. 

Imediatamente fugira do local e, ainda horrorizada, afirmou: "É melhor morrer, mamãe, do que dizer palavras feias".[7]

Poucas semanas se passaram e a pequena não comungara mais que duas ou três vezes, sempre aos domingos. 

No sábado, 5 de julho, manifestou o desejo de ir, no dia seguinte, acompanhada de uma amiga, receber novamente a Sagrada Comunhão. Estava disposta a caminhar dez quilômetros até Nettuno ou Campomorto, sob o Sol inclemente e em jejum, para receber seu amado Jesus.

Seus planos foram, porém, modificados pela sanha de Alessandro. Este já a havia assediado por duas vezes e fora energicamente repelido. 

Ameaçou então matá-la, e não só ela, mas também a Assunta, caso falasse a alguém sobre isso. Marietta nada dissera à mãe, para não afligi-la ainda mais, mas pedia-lhe para não deixá-la sozinha em casa e procurava estar sempre na companhia de algum dos irmãos.

Naquela tarde, todavia, a jovem ficara cosendo na sacada exterior, tendo apenas junto a si a irmã mais nova, que dormia placidamente. Alessandro arranjara um jeito de escapar-se do trabalho e, retornando para a residência, arrastou Marietta à força para dentro. Percebendo suas infames intenções, ela exprobrava-lhe a ação pecaminosa: "Não, não! Deus não quer isso! Se o fazes, irás para o inferno!...".[8]

Tomado de fúria, o criminoso desferiu-lhe então 14 cruéis punhaladas. Em seguida, jogou fora a arma e foi trancar-se no seu quarto. A menina, porém, depois de um curto desmaio, conseguiu caminhar até o terraço e pedir socorro. A notícia do acontecido logo se espalhou pela vizinhança e o assassino foi preso.


Últimas horas no hospital

Marietta foi conduzida de ambulância ao hospital de Nettuno, onde a submeteram a uma dolorosa laparotomia. 
Foram duas horas de operação, sem anestesia! Aliás, a tentativa de salvá-la era vã, pois tinha perfurados o pericárdio, o coração, o pulmão esquerdo, o diafragma e o intestino. 

Os médicos não compreendiam como ainda estava viva.

Voltando da sala de cirurgias para junto de sua mãe, mostrava-se preocupada em tranquilizá-la; dizia-lhe que estava bem e perguntava pelos irmãos. 

A desidratação causada pela perda de sangue a fazia sofrer terrivelmente, mas a gravidade das feridas impedia-lhe de sorver uma gota d'água sequer. Nessa situação, recordar a sede padecida por Jesus no alto da Cruz trazia-lhe consolo.

No dia seguinte teve a graça de receber a almejada Comunhão, mas em circunstâncias quão diversas das que ela imaginara! O Arcipreste de Nettuno, Dom Signori, levara-lhe o Santo Viático ao hospital, e quando lhe perguntou se sabia Quem iria receber, ela respondeu: "Sim, é aquele mesmo Jesus que dentro em pouco irei ver face a face".[9]

O sacerdote recordou-lhe ter Nosso Senhor perdoado a todos no alto da Cruz e prometido ao bom ladrão que ainda naquele dia estaria com Ele no Paraíso. Perguntou-lhe, então, se perdoava seu assassino: "Sim, por amor a Jesus, perdoo-lhe. E também quero que esteja comigo no Paraíso!... Lá do Céu, rogarei pelo seu arrependimento!".[10]

Com este estado de espírito recebeu os Sacramentos. Algumas horas depois, entrou no delírio da morte. Instintivamente osculava o crucifixo e a medalha de Nossa Senhora, insígnia da Associação das Filhas de Maria, na qual fora admitida já no leito de morte. Invocou muitas vezes a Virgem Maria, e por volta das três horas da tarde expirou.


Catorze lírios cintilantes

A morte de Maria Goretti foi chorada por todos os que a conheceram. 
Logo se espalhou a fama de sua santidade e, apenas dois anos depois, seus restos mortais foram depositados no grandioso monumento erigido em sua honra, no Santuário Pontifício de Nossa Senhora das Graças, em Nettuno.

Um dos fatos prodigiosos que contribuíram para sua canonização foi a conversão de Alessandro. 

Em 1910, depois de haver passado por um período de frieza e rebeldia, tendo inclusive pensado em se suicidar, o infeliz assassino foi visitado por sua vítima no cárcere de Noto. 

Marietta lhe apareceu vestida de branco, oferecendo-lhe lírios que, ao serem tocados por ele, se transformavam em chamas cintilantes. Eram ao todo 14... o mesmo número das punhaladas recebidas!

Assistido pelos padres passionistas, Alessandro se converteu. Cumpridos 27 anos de prisão, foi libertado e dirigiu-se a Corinaldo, onde então morava a mãe de Marietta, para pedir-lhe perdão. Imitando a atitude da filha, ela o perdoou e comungaram lado a lado, na Missa de Natal. Depois, o assassino arrependido fez-se terciário franciscano e terminou seus dias, já ancião, como servente e jardineiro num convento capuchinho.

Mensagem para a juventude do terceiro milênio


Santa Maria Goretti foi canonizada pelo Papa Pio XII, em 24 de junho de 1950. 

A cerimônia, da qual participou sua mãe, junto com os filhos e netos, teve de ser realizada na Praça de São Pedro, por não haver espaço suficiente para a multidão no interior da Basílica. 

Em 6 de julho de 2003, concluindo as comemorações do centenário de sua morte, o Beato João Paulo II perguntava, em seu pronunciamento do Angelus: "O que diz aos jovens de hoje esta jovem frágil, mas cristãmente madura, com a sua vida e, sobretudo, com a sua morte heroica?".

E continuava: "Marietta, assim era chamada familiarmente, recorda à juventude do terceiro milênio que a verdadeira felicidade exige coragem e espírito de sacrifício, rejeição de todo compromisso com o mal e disposição para pagar com a própria vida, mesmo com a morte, a fidelidade a Deus e aos seus Mandamentos. "

Como é atual esta mensagem! Hoje exaltam-se, muitas vezes, o prazer, o egoísmo ou até a imoralidade, em nome de falsos ideais de liberdade e de felicidade. É preciso reafirmar com clareza que a pureza do coração e do corpo deve ser defendida, porque a castidade ‘guarda' o amor autêntico.

"Santa Maria Goretti ajude todos os jovens a experimentar a beleza e a alegria da bem-aventurança evangélica: ‘Felizes os puros de coração, porque verão a Deus' (Mt 5, 8). A pureza de coração, como qualquer virtude, exige um treino cotidiano da vontade e uma constante disciplina interior. Pede, acima de tudo, o recurso assíduo a Deus, na oração"








sábado, 14 de julho de 2012

São Tarcísio - Mártir da Eucaristia, puro e humilde de coração


Tarcísio era acólito, isto é, coroinha na Igreja em Roma, servia no altar nos serviços secundários, acompanhava o próprio santo padre o Papa na celebração da Santa Missa. No decorrer da perseguição do Imperador Romano Valeriano, muitos cristãos foram presos e condenados à morte. Era costume levar (as escondidas) a Eucaristia  aos cristãos que estavam presos para reanimá-los na fé.

Um dia, às vésperas de um martírio de cristãos foi preciso que levasse a Eucaristia a eles. O problema era a falta de pessoas que pudessem ter a coragem de passar pelos soldados romanos para levá-la.

Foi quando Tarcísio se ofereceu e disse: "Deixe-me levar a Eucaristia, estou pronto. Posso passar pelos pagãos sem ser percebido, ainda sou uma criança". Mas o Santo padre o Papa Sisto II temia-lhe a morte, tinha medo de que os pagãos o obrigasse  a entregar a Eucaristia a eles e o matassem.

Mas Tarcísio respondeu ao Santo padre dizendo que preferia a morte do que entregar a Eucaristia a eles. E disse essas palavras: "Prefiro a morte que trair meu Senhor!"

O Papa Sisto II então entregou-lhes a Eucaristia dizendo: "Aqui está Jesus, que levarás aos nossos irmãos prisioneiros. Que Ele te acompanhe, vai meu filho!"

E ninguém havia reparado aquele menino que caminhava um tanto fora da rua com as mãos sobre o peito, guardando seu bem mais precioso: O Santíssimo Sacramento!

Passando por uma rua chamada Via Ápia, ia dizendo bem baixinho “Que bom que está comigo Jesus, saiba que nunca te abandonarei”.  Lá encontrara alguns garotos chamaram-no para brincar, mas Tarcísio se recusou dizendo que estava levando um recado urgente. Os garotos insistiram... tentando descobrir o que Tarcísio levava. Diante da recusa os garotos ameaçaram empurrá-lo, ele porém resistia, porque sabendo que eram pagãos poderiam profanar o Corpo de Cristo. 

Sua resistência fez aumentar a ira dos garotos e descobriram que era um cristão... então começaram a lhe dar pontapés e pedradas. Tarcísio caiu ao chão, todo ensanguentado e a brutalidade foi tamanha que o levou à morte.

As mãos de Tarcísio continuava protegendo o Santíssimo Sacramento. Para surpresa de todos surge ali um soldado que às escondidas frequentava o culto dos cristãos. Os garotos ao verem que o soldado se aproximava fugiram... deixando ali o pobre garoto ferido e agonizando. Ele porém, levantou-o do chão e exclamou surpreso e muito comovido: "É o Tarcísio! já o vi nas catacumbas fazendo orações!"

O pequeno mártir não resistiu e morreu nos braços do soldado com as mãos sobre o peito apertando ainda mais a Santíssima Eucaristia.
Esta é a história desse pequeno acólito que com mais ou menos doze anos tanto amou Jesus Sacramentado que deu sua vida à protegê-Lo. Ele é para nós hoje um exemplo a ser seguido.

Mensagem do Papa Bento XVI - 04 de Agosto de 2010

Queridos e queridas coroinhas, o testemunho de São Tarcísio e essa bela tradição nos ensinam o profundo amor e a  grande veneração que devemos ter pela Eucaristia: é um bem precioso, um tesouro, cujo valor não se pode medir, é o Pão da vida, é Jesus mesmo que se faz comida, sustento e força para o nosso caminho de cada dia e caminho aberto para a vida eterna; é o maior dom que Jesus nos deixou.

Dirijo-me a vós aqui presentes e, por meio de vós, a todos os coroinhas do mundo! Servi com generosidade a Jesus presente na Eucaristia. É uma tarefa importante, que vos permitis estar particularmente próximos ao Senhor e crescer em uma amizade verdadeira e profunda com Ele. Guardai zelosamente esta amizade no vosso coração, como São Tarcísio, prontos a comprometer-vos, a lutar e dar a vida para que Jesus chegue a todos os homens. Também vós comuniqueis aos vossos pares o dom dessa amizade, com alegria, entusiasmo, sem medo, a fim de que possam sentir que vós conheceis este Mistério, que é verdadeiro e que o amais! 

Toda vez que vos aproximais do altar, tendes a oportunidade de auxiliar no grande gesto de amor de Deus, que continua desejando se doar a cada um de nós, a ser-nos próximo, a dar-nos força para viver bem. Com a consagração – vós o sabeis - aquele pequeno pedaço de pão torna-se o Corpo de Cristo, aquele vinho torna-se Sangue de Cristo! Sois afortunados de poder viver de perto este inefável mistério! Desempenhai com amor, com devoção e com fidelidade o vosso compromisso de coroinhas; não entreis na igreja para a Celebração com superficialidade, mas preparai-vos interiormente para a Santa Missa! Ajudando os vossos sacerdotes no serviço ao altar, contribuis para tornar Jesus mais próximo, de modo que as pessoas possam se sentir e tornem-se melhores: Ele está aqui; vós colaborais a fim de que Ele possa estar mais presente no mundo, na vida cotidiana, na Igreja e em toda a parte. 

Queridos amigos! Vós emprestais a Jesus as vossas mãos, os vossos pensamentos, o vosso tempo. Ele não deixará de recompensá-los, dando-vos a verdadeira alegria e fazendo-vos sentir onde está a felicidade mais plena. São Tarcísio mostrou-nos que o amor pode levar-nos até mesmo o dom da vida por um bem autêntico, pelo verdadeiro bem, pelo Senhor.

A nós, provavelmente, não é pedido o martírio, mas Jesus nos pede a fidelidade nas pequenas coisas, o recolhimento interior, a participação interior, a nossa fé e o esforço de manter presente este tesouro na vida de todos os dias. Pede-nos a fidelidade nas tarefas diárias, o testemunho do Seu amor, frequentando a Igreja movidos por uma convicção interior e pela alegria da Sua presença. Assim, podemos também dar a conhecer aos nossos amigos que Jesus vive. Nesse compromisso, nos ajude a intercessão de São João Maria Vianney, do qual hoje recorre a memória litúrgica, deste humilde Pároco da França, que transformou uma pequena comunidade e, assim, doou ao mundo uma nova luz. O exemplo dos santos Tarcísio e João Vianney incentive-nos todos os dias a amar Jesus e a fazer a Sua vontade, como fez a Virgem Maria, fiel ao Seu Filho até o fim.

Atualizado em 8 de maio de 2013

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Visita pastoral alegra comunidades

   


A visita pastoral do Arcebispo Metropolitano de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela e do Bispo Auxiliar, Dom Wladimir Lopes Dias, realizada entre os dias 16 e 20 de maio deste ano, marcou a vida das 27 comunidades da Paróquia São José, em Guarapari.
    
Os paroquianos receberam muito bem os sucessores dos Apóstolos, com cantos, faixas, tapetes, flores, e com um almoço bem preparado, e principalmente com muito respeito.

   
 A presença dos dois foi um presente para todos nós. Pois, dias antes da visita, houve um desabamento de encostas na região. O incidente deixou vítimas, destruiu casas, e tivemos perda de gado. A tragédia afetou diversas comunidades do interior.
   
Dom Luiz visitou os pontos destruídos e se emocionou. A cada comunidade visitada, o arcebispo e Dom Wladimir viam os cuidados com a Sagrada Liturgia, muito citada na carta de conclusão da visita pastoral.

Nesse período, não paravam de chegar doações na secretaria paroquial. Vimos também, que os paroquianos gostam muito do pároco Tiago Roney Sanxo.
   
No último dia da visita, aconteceu na Igreja Santa Rita de Cássia, no Bairro Itapebussú, a Solene Dedicação do Templo, presidida pelo Bispo Auxiliar Dom Wladimir e concelebrada pelo pároco Tiago. A celebração contou com a participação de representantes das 27 comunidades.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

São Bento, Abade - 11 de Julho


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Deus o chamou para ser o "grande patriarca do monaquismo ocidental". A ordem por ele fundada fez nascer das ruínas do Império Romano a cultura e a civilização européias.

O orgulhoso e outrora invicto Império Romano dissolvia-se devastado pelas hordas avassaladoras dos invasores bárbaros. Tudo cedia diante deles: exércitos, muralhas, instituições e costumes eram varridos pela maré montante dos novos dominadores.

"O navio afunda!" - exclamava São Jerônimo, que escreveu com tristeza ao receber a notícia da queda de Roma: "A minha voz se extingue; os soluços embargam-me as palavras. Está tomada a ilustre Capital do Império!"
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