quinta-feira, 14 de março de 2013

Jorge Mario Bergoglio - Cardeais elegem Papa latino-Americano, que se chamará Francisco



Cardeal Jorge Mario Bergoglio, SJ, arcebispo de Buenos Aires, Argentina, para Ordinária de rito oriental fiel na Argentina que não têm um Ordinária do próprio rito, nasceu em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires. Ele foi ordenado para os jesuítas em 13 de dezembro de 1969 durante os estudos teológicos na Faculdade de Teologia de San Miguel.

Ele era novato mestre em San Miguel, onde também ensinou teologia. Foi Provincial da Argentina (1973-1979) e reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel (1980-1986). Depois de completar sua tese de doutorado na Alemanha, serviu como confessor e diretor espiritual em Córdoba.

Em 20 de maio de 1992 ele foi nomeado bispo titular de Auca e Auxiliar de Buenos Aires, receber a consagração episcopal em 27 de junho. Em 3 de Junho de 1997, foi nomeado Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires e conseguiu Cardeal Antonio Quarracino em 28 de fevereiro de 1998. Ele também é comum para o Leste de rito fiel na Argentina que não têm um Ordinária do próprio rito.

Relator Adjunto Geral da 10ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, Outubro de 2001.

Ele atuou como presidente da Conferência Episcopal da Argentina a partir de 8 de novembro de 2005 até 8 de novembro de 2011.

Criado e proclamado cardeal pelo Beato João Paulo II no consistório de 21 de fevereiro de 2001, do título de S. Roberto Bellarmino (Santo Roberto Belarmino).


A Eleição 

Foi uma quarta-feira (13) de muita expectativa e ansiedade por parte dos fiéis, que, mesmo com o frio e a chuva, ficaram na Praça São Pedro o dia todo, de olho na chaminé da Capela Sistina. Pois a fumaça branca apareceu às 19h06 no Vaticano, 15h06 no horário de Brasília, sinalizando que a igreja já tinha um novo líder. Já com a identidade do papa revelada, alguns fiéis choravam, outros gritavam o nome “Francisco”.

A cidade dos papas esperava o futuro pontífice, e um Papa Emérito acompanhava o conclave pela TV. Ninguém podia negar que, na sede mundial do catolicismo, algo estava mudando.

Confinados na cidade-estado, nesta quarta-feira (13), os 115 cardeais eleitores rezaram uma missa na Capela Paulina.  Às 9h30 da manhã, hora italiana, e 5h30 em Brasília, começaram a enfrentar os poucos passos que os separavam da Sistina. E, quem sabe, de outro futuro.

Um temporal cobriu de cinza a bela praça renascentista e barroca. Muitos esperavam o aviso. E o que se viu foi de novo foi uma nuvem preta. À tarde, a ansiedade de fiéis e turistas aumentou. Os telões foram acesos mais cedo do que de costume. A Praça de São Pedro ficou cheia.

Às 19h06, hora local, finalmente a decisão: uma fumaça branca invadiu o telhado da lendária capela. Roma já tinha um novo Papa. A praça entrou em euforia. E os sinos tocaram.

A multidão esperou com impaciência sob a chuva por pouco mais de uma hora. Todos olhavam para o balcão vazio da Basílica.

O comandado da Igreja passava para um jesuíta pela primeira vez na história. Um jesuíta que parece ter ido buscar na tradição franciscana a simplicidade com o nome de Francisco I. Uma escolha que pode significar reformas na Igreja.

Um Papa nem jovem, nem tão velho: 76 anos. De origem piemontesa, no norte da Itália, o Papa argentino falou em italiano e brincou: “Parece que meus irmãos cardeais foram buscar um Papa quase no fim do mundo”.

Agradeceu a hospitalidade de Roma e pediu uma oração ao Papa Emérito Bento XVI. A multidão acompanhou o pai-nosso e a ave-maria.

O Papa eleito afirmou que está iniciando um caminho com o povo, da caridade da Igreja, de fraternidade e amor. E pediu que, em silêncio, todos rezassem por ele.

Deu a benção urbi et orbi - à Roma e ao mundo.

O teólogo vaticanista Giovani Genari também ficou surpreso. “Francisco é um nome de muita responsabilidade, que pode querer dizer muitas coisas”, disse o teólogo.

O novo Papa era no conclave passado, em 2005, o candidato de Carlo Maria Martini, um dos cardeais mais progressistas que a Igreja já viu. Francisco I pode iniciar um pontificado de muita sobriedade. É considerado um homem sem luxos, de grande vocação para evangelização. Já viveu em Roma com os jesuítas. Quando tentaram oferecer a ele um cargo na cúria, respondeu: “Por favor, na cúria eu morreria”. E é justamente a Cúria Romana que pode perder com essa escolha.

Ao Vaticano, gostava de ir apenas quando era indispensável. Agora terá que viver lá. Quem sabe para poder mudar o que é preciso.

Bênção Apostólica "Urbi et Orbi":


G1 - Portal de Notícias da Globo
JMJ - Site oficial

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