Este ofício
é a recitação
do Ofício de
Leituras combinado com Laudes.
No centro do local
onde se celebra
o Ofício das
Trevas, coloca-se ambão, de
onde se dirá
os salmos, leituras
e orações. O presbítero sentará na sede. O candelabro
de trevas, constando
de quinze velas,
é colocado em frente
ao altar, à
sua direita. Essas
velas serão apagadas, aos
poucos, durante o
rito. Além do candelabro
de trevas, seis
velas podem estar
acesas no altar, como
se faz durante
a Missa Solene,
e serão apagadas durante
o Benedictus. Um
apagador de velas
é colocado perto do candelabro de trevas.
Dando início
à celebração, os
clérigos, cerimoniários, acólitos e
cantores ou coro
entram em silêncio
e reverência, de forma
processional, vindo o
celebrante por último, e se aproximam do altar. Genuflectem, inclinam-se
profundamente diante do altar, e vão para seus lugares. Para a extinção de cada vela, o acólito
responsável pega o apagador, reverencia
o altar e vai ao
candelabro para cumprir sua
função. No invitatório, no hino, no Evangelho, no
Benedictus, nas preces e na
oração, bem como
na despedida, todos permanecem de
pé. Nos salmos
e leituras, permanecem sentados, exceto
quem lê ou
entoa o salmo.
Durante a frase que
substitui o responsório breve
das Laudes, todos se
ajoelham, bem como
no momento apropriado
no Evangelho. No invitatório, faz-se o sinal-da-cruz na boca, e no
Benedictus e na bênção, o grande sinal-da-cruz.
Invitatório
V: † Abri os meus lábios, ó Senhor.
R: E minha boca anunciará vosso
louvor.
Salmo 94 (95)
Convite ao louvor de Deus
Animai-vos uns aos outros, dia
após dia,
enquanto ainda se disser ‘hoje’.
(Hb 3,13)
Ant. O Cristo, o Filho de Deus,
com seu sangue nos remiu.
Vinde, exultemos de alegria no
Senhor; *
aclamemos o rochedo que nos
salva.
Ao seu encontro caminhemos com
louvores,
e com cantos de alegria o
celebremos!
Ant. O Cristo, o Filho de Deus,
com seu sangue nos remiu.
Na verdade, o Senhor é o grande
Deus, *
o grande Rei, muito maior que os
deuses todos.
Tem nas mãos as profundezas dos
abismos, *
e as alturas das montanhas lhe
pertencem;
o mar é dele, pois foi ele quem o
fez, *
e a terra firme suas mãos a
modelaram.
Ant. O Cristo, o Filho de Deus,
com seu sangue nos remiu.
Vinde adoremos e protremo-nos por
terra, *
e ajoelhemos ante o Deus que nos
criou!
Porque ele é o nosso Deus, nosso
Pastor, †
e nós somos o seu povo e seu
rebanho, *
as ovelhas que conduz com sua
mão.
Ant. O Cristo, o Filho de Deus,
com seu sangue nos remiu.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †
"Não fecheis os corações
como em Meriba, *
como em Massa, no deserto, aquele
dia,
em que outrora vossos pais me
provocaram, *
apesar de terem visto as minhas
obras. "
Ant. O Cristo, o Filho de Deus,
com seu sangue nos remiu.
Quarenta anos desgostou-me aquela
raça, †
e eu dise: "Eis um povo
transviado, *
seu coração não conheceu os meus
caminhos!"
E por isso lhes jurei na minha
ira: *
"Não entrarão no meu repouso
prometido! "
Ant. O Cristo, o Filho de Deus,
com seu sangue nos remiu.
Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo, *
Como era no princípio, agora e
sempre. Amém.
Ant. O Cristo, o Filho de Deus,
com seu sangue nos remiu.
Ofício de Leituras
HINO
1 O fel lhe dão por bebida
sobre o madeiro sagrado.
Espinhos, cravos e a lança
ferem seu corpo e seu lado.
No sangue e água que jorram,
mar, terra e céu são lavados.
2 Ó Cruz fiel, sois a árvore
mais nobre em meio às demais,
que selva alguma produz
com flor e frutos iguais.
Ó lenho e cravos tão doces,
um doce peso levais.
3 Árvore, inclina os teus ramos,
abranda as fibras mais duras.
A quem te fez germinar
minora tantas torturas.
Leito mais brando oferece
ao Santo Rei das alturas.
4 Só tu, ó Cruz, mereceste
suster o preço do mundo
e preparar para o náufrago
um porto, em mar tão profundo.
Quis o Cordeiro imolado
banhar-te em sangue fecundo.
5 Glória e poder à Trindade.
Ao Pai e ao Filho, louvor.
Honra ao Espírito Santo.
Eterna glória ao Senhor,
que nos salvou pela graça
e nos remiu pelo amor.
SALMODIA
Ant. 1
Os reis de
toda a terra
se reúnem e conspiram
os governos todos
juntos contra o Deus onipotente e o seu Ungido.
Salmo 2
O Messias rei e vencedor
Uniram-se contra Jesus, teu santo
servo, a quem
ungiste (At 4,27).
Por que os povos agitados se
revoltam? *
por que tramam as nações projetos
vãos?
Por que os reis de toda a terra
se reúnem, †
e conspiram os governos todos
juntos *
contra o Deus onipotente e o seu
Ungido?
“Vamos quebrar suas correntes”,
dizem eles, *
“e lançar longe de nós o seu
domínio!”
Ri-se deles o que mora lá nos
céus; *
zomba deles o Senhor
onipotente.
Ele, então, em sua ira os ameaça,
*
e em seu furor os faz tremer,
quando lhes diz:
“Fui eu mesmo que escolhi este
meu Rei, *
e em Sião, meu monte santo, o
consagrei!”
O decreto do Senhor promulgarei,
†
foi assim que me falou o Senhor
Deus: *
“Tu és meu Filho, e eu hoje te
gerei! –
Podes pedir-me, e em resposta eu
te darei †
por tua herança os povos todos e
as nações, *
e há de ser a terra inteira o teu
domínio.
Com cetro férreo haverás de
dominá-los, *
e quebrá-los como um vaso de
argila!”
E agora, poderosos, entendei; *
soberanos, aprendei esta
lição:
Com temor servi a Deus,
rendei-lhe glória *
e prestai-lhe homenagem com
respeito!
Se o irritais, perecereis pelo
caminho, *
pois depressa se acende a sua
ira!
– Felizes hão de ser todos
aqueles *
que põem sua esperança no
Senhor!
Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo, *
Como era no princípio, agora e
sempre. Amém.
Ant. Os
reis de toda
a terra se
reúnem e conspiram os
governos todos juntos
contra o Deus onipotente e o seu
Ungido.
Apagam-se as duas velas mais ao
extremo do candelabro de trevas.
Ant. 2 Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam
entre si a minha túnica.
Salmo 21(22),2-23 [24-32]
Meu Deus, meu Deus, por que me
abandonastes? *
E ficais longe de meu grito e
minha prece?
Ó meu Deus, clamo de dia e não me
ouvis, *
clamo de noite e para mim não há
resposta!
Vós, no entanto, sois o santo em
vosso Templo, *
que habitais entre os louvores de
Israel.
Foi em vós que esperaram nossos
pais; *
esperaram e vós mesmo os
libertastes.
Seu clamor subiu a vós e foram
salvos; *
em vós confiaram e não foram
enganados.
Quanto a mim, eu sou um verme e
não um
homem; *
sou o opróbrio e o desprezo das
nações.
Riem de mim todos aqueles que me
vêem, *
torcem os lábios e sacodem a
cabeça:
“Ao Senhor se confiou, ele o
liberte *
e agora o salve, se é verdade que
ele o ama!”
Desde a minha concepção me
conduzistes, *
e no seio maternal me
agasalhastes.
Desde quando vim à luz vos fui
entregue; *
desde o ventre de minha mãe sois
o meu Deus!
Não fiqueis longe de mim, porque
padeço; *
ficai perto, pois não há quem me
socorra!
Por touros numerosos fui cercado,
*
e as feras de Basã me rodearam;
escancararam contra mim as suas
bocas, *
como leões devoradores a rugir.
Eu me sinto como a água
derramada, *
e meus ossos estão todos
deslocados;
como a cera se tornou meu
coração, *
e dentro do meu peito se derrete.
Minha garganta está igual ao
barro seco, †
minha língua está colada ao céu
da boca, *
e por vós fui conduzido ao pó da
morte!
Cães numerosos me rodeiam
furiosos, *
e por um bando de malvados fui
cercado.
Transpassaram minhas mãos e os
meus pés *
e eu poso contar todos os meus
ossos.
Eis que me olham e, ao ver-me, se
deleitam! †
Eles repartem entre si as minhas
vestes *
e sorteiam entre si a minha
túnica.
Vós, porém, ó meu Senhor, não
fiqueis longe, *
ó minha força, vinde logo em meu
socorro!
Da espada libertai a minha alma,
*
e das garras desses cães, a minha
vida!
Arancai-me da goela do leão, *
e a mim tão pobre, desses touros
que me
atacam!
Anunciarei o vosso nome a meus
irmãos *
e no meio da assembléia hei de
louvar-vos!
Esta última parte do salmo é
facultativa.
Vós que temeis ao Senhor Deus,
dai-lhe
louvores; †
glorificai-o, descendentes de
Jacó, *
e respeitai-o toda a raça de
Israel!
Porque Deus não desprezou nem
rejeitou *
a miséria do que sofre sem
amparo;
não desviou do humilhado a sua
face, *
mas o ouviu quando gritava por
socorro.
Sois meu louvor em meio à grande
assembléia; *
cumpro meus votos ante aqueles
que vos
temem!
Vosos pobres vão comer e
saciar-se, †
e os que procuram o Senhor o
louvarão; *
“Seus corações tenham a vida para
sempre!”
Lembrem-se disso os confins de
toda a terra, *
para que voltem ao Senhor e se
convertam,
e se prostrem, adorando, diante
dele *
todos os povos e as famílias das
nações.
Pois ao Senhor é que pertence a
realeza; *
ele domina sobre todas as nações.
Somente a ele adorarão os
poderosos, *
e os que voltam para o pó o
louvarão.
Para ele há de viver a minha
alma, *
toda aminha descendência há de
servi-lo;
às futuras gerações anunciará *
o poder e a justiça do Senhor;
ao povo novo que há de vir, ela
dirá: *
“Eis a obra que o Senhor
realizou!”
Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e
sempre. Amém.
Ant. Eles
repartem entre si as minhas
vestes e sorteiam entre si a
minha túnica.
Apagam-se as duas velas seguintes
em direção ao centro do candelabro de trevas.
Ant. 3
Os que buscam
matar, me perseguem
e procuram tirar minha vida.
Salmo 37(38)
Repreendei-me, Senhor, mas sem
ira; *
corrigi-me, mas não com furor!
Vossas flechas em mim penetraram;
*
vossa mão se abateu sobre mim.
Nada resta de são no meu corpo, *
pois com muito rigor me
tratastes!
Não há parte sadia em meus ossos,
*
pois pequei contra vós, ó Senhor!
Meus pecados me afogam e esmagam,
*
como um fardo pesado me oprimem.
Cheiram mal e supuram minhas
chagas *
por motivo de minhas loucuras.
Ando triste, abatido, encurvado,
*
todo o dia afogado em tristeza.
As entranhas me ardem de febre, *
já não há parte sã no meu corpo.
Meu coração grita e geme de dor,
*
esmagado e humilhado demais.
Conheceis meu desejo, Senhor, *
meus gemidos vos são manifestos;
bate rápido o meu coração, †
minhas forças estão me deixando,
*
e sem luz os meus olhos se
apagam.
Companheiros e amigos se afastam,
†
fogem longe das minhas feridas; *
meus parentes mantêm-se à
distância.
Armam laços os meus inimigos, *
que procuram tirar minha vida;
os que buscam matar-me ameaçam *
e maquinam traições todo o dia.
Eu me faço de surdo e não ouço, *
eu me faço de mudo e não falo;
semelhante a alguém que não ouve
*
e não tem a resposta em sua boca.
Mas, em vós, ó Senhor, eu confio,
*
e ouvireis meu lamento, ó meu
Deus!
Pois rezei: “Que não zombem de
mim, *
nem se riam, se os pés me
vacilam!”
Ó Senhor, estou quase caindo, *
minha dor não me larga um
momento!
Sim, confesso, Senhor, minha
culpa: *
meu pecado me aflige e atormenta.
São bem fortes os meus
adversários †
que me vêm atacar sem razão; *
quantos há que sem causa me
odeiam!
Eles pagam o bem com o mal, *
porque busco o bem, me perseguem.
Não deixeis vosso servo sozinho,
*
ó meu Deus, ficai perto de mim!
Vinde logo trazer-me socorro, *
porque sois para mim salvação!
Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e
sempre. Amém.
Ant. Os
que buscam matar,
me perseguem e procuram tirar minha vida.
Apagam-se as duas velas seguintes
em direção ao centro do candelabro de trevas.
V. As falsas testemunhas se
ergueram.
R. E vomitam violência contra
mim.
PRIMEIRA LEITURA
Leitura da Carta de São Paulo aos Hebreus 9,11-28
Cristo, sumo sacerdote, com o seu
próprio sangue, entrou no Santuário uma vez por todas
Irmãos:
Cristo veio como
sumo-sacerdote dos bens futuros.
Através de uma tenda maior e mais perfeita,
que não é obra de mãos humanas, isto é,
que não faz
parte desta criação,
e não com o sangue de
bodes e bezerros,
mas com o seu próprio
sangue, ele entrou no Santuário uma vez por
todas, obtendo uma
redenção eterna. De fato, se o sangue de bodes e touros, e a
cinza de novilhas espalhada sobre
os seres impuros
os santifica e realiza
a pureza ritual
dos corpos, quanto mais
o Sangue de
Cristo, purificará a nossa
consciência das obras
mortas, para servirmos ao
Deus vivo, pois,
em virtude do espírito
eterno, Cristo se
ofereceu a si
mesmo a Deus como vítima sem
mancha. Por isso, ele
é mediador de
uma nova aliança. Pela
sua morte, ele
reparou as transgressões cometidas no
decorrer da primeira
aliança. E, assim, aqueles
que são chamados
recebem a promessa da
herança eterna. Onde
existe testamento, é preciso
que seja constatada
a morte de quem
fez o testamento.
Pois um testamento só tem valor
depois da morte, e não tem efeito nenhum
enquanto ainda vive
aquele que fez o
testamento. Por isso,
nem mesmo a primeira
aliança foi inaugurada
sem sangue. Quando anunciou
a todo o povo cada
um dos mandamentos da
Lei, Moisés tomou
sangue de novilhos e bodes, junto
com água, lã vermelha e um hissopo. Em
seguida, aspergiu primeiro
o próprio livro e todo
o povo, e disse: “Este é o sangue da aliança que Deus faz convosco”. Do mesmo modo,
aspergiu com sangue
também a Tenda e
todos os objetos
que serviam para o
culto. E
assim, segundo a Lei, quase
todas as coisas são
purificadas com sangue,
e sem derramamento de sangue não
existe perdão. Portanto, as cópias
das realidades celestes tinham que
ser purificadas dessa
maneira; mas as próprias
realidades celestes devem
ser purificadas com sacrifícios
melhores. De fato, Cristo
não entrou num
santuário feito por
mão humana, imagem do verdadeiro, mas no próprio céu, a fim de
comparecer, agora, na presença de Deus, em nosso favor. E não foi para se
oferecer a si muitas
vezes, como o
sumo-sacerdote que,cada ano,
entra no Santuário com sangue alheio. Porque,
se assim fosse,
deveria ter sofrido muitas vezes, desde a fundação do
mundo. Mas foi agora, na
plenitude dos tempos,
que, uma vez por todas, ele se
manifestou para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. O destino de todo
homem é morrer uma só vez, e depois vem o julgamento. Do mesmo modo, também
Cristo, oferecido uma vez
por todas, para
tirar os pecados da
multidão, aparecerá uma
segunda vez, fora do
pecado, para salvar
aqueles que o esperam.
RESPONSÓRIO Cf. Is 53,7.12
R. Foi levado como ovelha ao
matadouro; e,
maltratado, não abriu a sua boca;
* Foi
condenado para a vida de seu
povo.
V. Ele próprio entregou a sua
vida e deixou-se
colocar entre os facínoras. * Foi
condenado.
Apaga-se a próxima vela, à
esquerda, no
candelabro de trevas.
SEGUNDA LEITURA
Das Catequeses de São João Crisóstomo, bispo
(Cat. 3,13-19: SCh 50,174-177)
(Séc.IV)
O poder do sangue de Cristo
Queres conhecer
o poder do
sangue de Cristo? Voltemos às
figuras que o
profetizaram e recordemos a
narrativa do Antigo
Testamento: Imolai, disse Moisés,
um cordeiro de
um ano e marcai
as portas com
o seu sangue
(cf. Ex 12,6-7). Que dizes, Moisés? O sangue de um
cordeiro tem poder para
libertar o homem
dotado de razão? É
claro que não,
responde ele, não porque
é sangue, mas
por ser figura
do sangue do Senhor.
Se agora o
inimigo, ao invés
do sangue simbólico aspergido
nas portas, vir brilhar
nos lábios dos
fiéis, portas do
templo dedicado a Cristo,
o sangue verdadeiro,
fugirá ainda mais para longe. Queres
compreender mais profundamente
o poder deste sangue? Repara de onde começou a correr e de que fonte
brotou. Começou a brotar da própria cruz,
e a sua
origem foi o
lado do Senhor. Estando Jesus já
morto e ainda pregado na cruz, diz
o evangelista, um
soldado aproximou-se, feriu-lhe o lado com uma lança, e imediatamente
saiu água e sangue: a água, como símbolo do batismo; o sangue, como símbolo da eucaristia. O
soldado, traspassando-lhe o
lado, abriu uma brecha na parede
do templo santo, e eu, encontrando um enorme tesouro, alegro-me por ter
achado riquezas extraordinárias. Assim aconteceu com
este cordeiro. Os
judeus mataram um cordeiro
e eu recebi
o fruto do sacrifício. De seu
lado saiu sangue
e água (Jo
19,34). Não quero, querido
ouvinte, que trates
com superficialidade o segredo
de tão grande mistério. Falta-me
ainda explicar-te outro significado místico
e profundo. Disse
que esta água e este sangue são
símbolos do batismo e da eucaristia.
Foi destes sacramentos
que nasceu a santa
Igreja, pelo banho
da regeneração e pela
renovação no Espírito Santo, isto é, pelo batismo e pela eucaristia que
brotaram do lado de Cristo. Pois
Cristo formou a
Igreja de seu
lado traspassado, assim como
do lado de
Adão foi formada Eva, sua esposa.
Por esta
razão, a Sagrada
Escritura, falando do primeiro homem, usa a expressão osso dos
meus ossos e carne da minha carne (Gn 2,23), que São Paulo refere,
aludindo ao lado
de Cristo. Pois assim
como Deus formou
a mulher do
lado do homem, também
Cristo, de seu
lado, nos deu a água e
o sangue para
que surgisse a
Igreja. E assim como Deus abriu o
lado de Adão enquanto ele dormia, também
Cristo nos deu
a água e o sangue
durante o sono de sua morte. Vede
como Cristo se
uniu à sua
esposa, vede com que alimento nos
sacia. Do mesmo alimento nos faz nascer
e nos nutre.
Assim como a mulher,
impulsionada pelo amor
natural, alimenta com o próprio
leite e o próprio sangue o
filho que deu
à luz, também
Cristo alimenta sempre com o seu
sangue aqueles a quem deu o novo nascimento.
RESPONSÓRIO Cf. 1Pd 1,18-19; Ef 2,18; 1Jo 1,7
R. Não
foi nem com
ouro nem prata
que fostes
remidos, irmãos; mas sim pelo
sangue precioso
de Cristo, o Cordeiro sem mancha.
* Por ele nós
temos acesso num único Espírito
ao Pai.
V. O sangue do Filho de Deus nos
lava de todo
pecado. * Por ele.
Apaga-se a próxima vela, à direita,
no candelabro de trevas.
CÂNTICOS PARA AS VIGÍLIAS
Antífona: Do
lado do Senhor
crucificado, depois de aberto
pela lança do
soldado, logo saiu sangue e água para remir-nos.
Cântico I - Jr 14,17-21
Lamentação em tempo de fome e de
guerra
O Reino de Deus está próximo.
Convertei-vos e
crede no Evangelho! (Mc 1,15).
Os meus olhos, noite e dia, *
chorem lágrimas sem fim;
pois sofreu um golpe horrível, †
foi ferida gravemente *
a virgem filha do meu povo!
Se eu saio para os campos, *
eis os mortos à espada;
se eu entro na cidade, *
eis as vítimas da fome!
Até o profeta e o sacerdote †
perambulam pela terra *
sem saber o que se passa.
Rejeitastes, por acaso, *
a Judá inteiramente?
Por acaso a vossa alma *
desgostou-se de Sião?
Por que feristes vosso povo *
de um mal que não tem cura?
Esperávamos a paz, *
e não chegou nada de bom;
e o tempo de reerguer-nos, *
mas só vemos o terror!
Conhecemos nossas culpas †
e as de nossos ancestrais, *
pois pecamos contra vós!
Por amor de vosso nome, *
ó Senhor, não nos deixeis!
Não deixeis que se profane *
vosso trono glorioso!
Recordai-vos, ó Senhor! *
Não rompais vossa Aliança!
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito
Santo. *
Como era no princípio, agora e
sempre. Amém.
Cântico II – Ez 36,24-28
Deus renovará o seu povo
Eles serão o seu povo, e o
próprio Deus estará
com eles (Ap 21,3).
Haverei de retirar-vos do meio
das nações, †
haverei de reunir-vos de todos os
países, *
e de volta eu levarei todos vós à
vossa terra.
Haverei de derramar sobre vós uma
água pura, †
e de vossas imundícies sereis
purificados; *
sim, sereis purificados de toda a
idolatria.
Dar-vos-ei um novo espírito e um
novo coração; †
tirarei de vosso peito este
coração de pedra, *
no lugar colocarei novo coração
de carne.
Haverei de derramar meu Espírito
em vós †
e farei que caminheis obedecendo
a meus
preceitos, *
que observeis meus mandamentos e
guardeis a
minha Lei.
E havereis de habitar aquela
terra prometida, †
que nos tempos do passado eu doei
a vossos
pais, *
e sereis sempre o meu povo e eu
serei o vosso
Deus!
Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre.
Amém.
Cântico III – Lm5,1-7.15-17.19-21
Oração na tribulação
Em toda parte e sempre levamos em
nós mesmos
os sofrimentos mortais de Jesus,
para que
também a vida de Jesus seja
manifestada em
nossa frágil natureza (2Cor
4,10).
Senhor, lembrai-vos do que nos
sucedeu, *
olhai e vede a nossa humilhação!
Nossa herança ficou com
estrangeiros, *
nossas casas passaram a mãos
estranhas!
Somos órfãos, pois já não temos
pai, *
nossas mães se tornaram quais
viúvas!
Nossa água, compramos por
dinheiro, *
nossa lenha nos custa um alto
preço!
Perseguidos, com a canga no
pescoço, *
sem repouso, estamos esgotados!
Ao Egito e à terra dos Assírios *
estendemos a mão para ter pão.
Pecaram os pais, já não existem;
*
levamos as culpas dos seus
crimes.
A alegria fugiu dos corações, *
converteu-se em luto a nossa
dança!
A coroa caiu-nos da cabeça, *
infelizes de nós, porque pecamos!
Amargurou-se o nosso coração, *
nossos olhos estão anuviados!
Ó Senhor, vós reinais
eternamente, *
vosso trono perdura para sempre!
Por que persistir em
esquecer-nos? *
Por que, para sempre,
abandonar-nos?
Convertei-nos a vós e voltaremos,
*
renovai nossos dias, como
outrora!
Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e
sempre. Amém.
Ant. Do
lado do Senhor
crucificado, depois de aberto pela lança do soldado, logo saiu
sangue e água para remir-nos.
EVANGELHO PARA AS VIGÍLIAS
Paixão de nosso
Senhor Jesus Cristo
segundo
Mateus 27,1-2.11-56
Tu és o rei dos judeus?
De
manhã cedo, todos
os sumos sacerdotes
e os anciãos do
povo convocaram um
conselho contra Jesus, para
condená-lo à morte. Eles o amararam,
levaram-no e o entregaram a Pilatos, o governador. Jesus foi posto diante do governador, e este o
interrogou: “Tu és
o rei dos
judeus?” Jesus declarou: “É como
dizes”, e nada
respondeu, quando foi acusado
pelos sumos sacerdotes
e anciãos. Então Pilatos
perguntou:“Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?” Mas Jesus
não respondeu uma
só palavra, e o governador ficou
muito impressionado. Na festa
da Páscoa, o
governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse.
Naquela ocasião, tinham
um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. Então
Pilatos perguntou à multidão reunida: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás,
ou Jesus, a
quem chamam de Cristo?” Pilatos
bem sabia que
eles haviam entregado Jesus por
inveja. Enquanto Pilatos
estava sentado no
tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: “Não te envolvas com esse
justo! porque esta
noite, em sonho, sofri muito por causa dele.” Porém,
os sumos sacerdotes e
os anciãos convenceram
as multidões para que
pedissem Barrabás e que fizessem Jesus
morrer. O governador tornou
a perguntar: “Qual dos dois quereis que eu solte?” Eles gritaram:
“Barrabás.” Pilatos perguntou: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?” Todos gritaram:
“Seja crucificado!” Pilatos falou:
“Mas, que mal
ele fez?” Eles,
porém, gritaram com mais força: “Seja crucificado!” Pilatos
viu que nada
conseguia e que
poderia haver uma revolta.
Então mandou trazer
água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: “Eu não sou
responsável pelo sangue
deste homem. Este é
um problema vosso!” O
povo todo respondeu: “Que o
sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos”. Então
Pilatos soltou Barrabás, mandou
flagelar Jesus, e
entregou-o para ser crucificado. Salve, rei dos judeus! Em
seguida, os soldados
de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e
reuniram toda a tropa em
volta dele. Tiraram
sua roupa e o vestiram com
um manto vermelho;
depois teceram uma coroa
de espinhos, puseram
a coroa em sua
cabeça, e uma
vara em sua
mão direita. Então se
ajoelharam diante de
Jesus e zombaram, dizendo:
“Salve, rei dos judeus!” Cuspiram nele
e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto
vermelho e, de
novo, o vestiram
com suas próprias roupas.
Daí o levaram
para crucificar. Com ele crucificaram dois ladrões Quando
saíam, encontraram um
homem chamado Simão, da
cidade de Cirene,
e o obrigaram a
carregar a cruz
de Jesus. chegaram a
um lugar chamado
Gólgota, que quer dizer “lugar de caveira”. Ali
deram vinho misturado com fel
para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. Depois de
o crucificarem, fizeram um sorteio,
repartindo entre si
as suas vestes. E
ficaram ali sentados,
montando guarda. Acima da
cabeça de Jesus
puseram o motivo da sua
condenação: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus.” Com ele também crucificaram dois
ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. Se és o Filho de Deus, desce
da cruz! As pessoas que passavam por ali o
insultavam, balançando a cabeça
e dizendo: “Tu que
ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és
o Filho de Deus, desce da cruz!” Do mesmo
modo, os sumos sacerdotes, junto
com os mestres
da Lei e os anciãos, também
zombaram de Jesus: “A outros salvou. a si mesmo não pode
salvar! É Rei de Israel. Desça
agora da cruz!
e acreditaremos nele. Confiou em
Deus; que o
livre agora, se é que
Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus.” Do
mesmo modo, também
os dois ladrões que
foram crucificados com
Jesus o insultavam. Desde o
meio-dia até às
três horas da
tarde, houve escuridão sobre
toda a terra. Pelas
três horas da tarde, Jesus deu um forte grito: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”, que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
Alguns dos que ali
estavam, ouvindo-o, disseram:
“Ele está chamando Elias!” E
logo um deles, correndo, pegou
uma esponja, ensopou-a
em vinagre, colocou-a na
ponta de uma
vara, e lhe deu
para beber. Outros, porém,
disseram: “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!” Então Jesus deu
outra vez um forte grito e entregou o espírito.
Todos se ajoelham
E
eis que a
cortina do santuário
rasgou-se de alto a baixo, em
duas partes, a terra tremeu e as pedras
se partiram. Os
túmulos se abriram
e muitos corpos dos
santos falecidos ressuscitaram! Saindo
dos túmulos, depois
da ressurreição de Jesus,
apareceram na Cidade Santa
e foram vistos
por muitas pessoas. O oficial
e os soldados
que estavam com
ele guardando Jesus, ao
notarem o terremoto
e tudo que havia
acontecido, ficaram com
muito medo e disseram:
“Ele era mesmo
Filho de Deus!” Grande
número de mulheres
estava ali, olhando de
longe. Elas haviam
acompanhado Jesus desde a
Galiléia, prestando-lhe serviços. Entre elas estavam Maria Madalena,
Maria, mãe de Tiago e
de José, e
a mãe dos
filhos de Zebedeu.
Laudes
SALMODIA
Ant. 1 Deus não poupou seu
próprio Filho, mas o entregou por todos nós.
Salmo 50(51)
Tende piedade, ó meu Deus!
Renovai o vosso espírito e a
vossa mentalidade.
Revesti o homem novo (Ef
4,23-24).
Tende piedade, ó meu Deus,
misericórdia! *
Na imensidão de vosso
amor,purificai-me!
Lavai-me todo inteiro do pecado,
*
e apagai completamente a minha
culpa!
Eu reconheço toda a minha
iniqüidade, *
o meu pecado está sempre à minha
frente.
Foi contra vós, só contra vós,
que eu pequei, *
e pratiquei o que é mau aos
vossos olhos! –
Mostrais assim quanto sois justo
na sentença, *
e quanto é reto o julgamento que
fazeis.
Vede, Senhor, que eu nasci na
iniqüidade *
e pecador já minha mãe me
concebeu.
Mas vós amais os corações que são
sinceros, *
na intimidade me ensinais
sabedoria.
Aspergi-me e serei puro do
pecado, *
e mais branco do que a neve
ficarei.
Fazei-me ouvir cantos de festa e
de alegria, *
e exultarão estes meus ossos que
esmagastes.
Desviai o vosso olhar dos meus
pecados *
e apagai todas as minhas
transgressões!
Criai em mim um coração que seja
puro, *
dai-me de novo um espírito
decidido.
Ó Senhor, não me afasteis de
vossa face, *
nem retireis de mim o vosso Santo
Espírito!
Dai-me de novo a alegria de ser
salvo *
e confirmai-me com espírito
generoso!
Ensinarei vosso caminho aos
pecadores, *
e para vós se voltarão os
transviados.
Da morte como pena, libertai-me,
*
e minha língua exaltará vossa
justiça!
Abri meus lábios, ó Senhor, para
cantar, *
e minha boca anunciará vosso
louvor!
Pois não são de vosso agrado os
sacrifícios, *
e, se oferto um holocausto, o
rejeitais.
Meu sacrifício é minha alma
penitente, *
não desprezeis um coração
arrependido!
Sede benigno com Sião, por vossa
graça, *
reconstruí Jerusalém e os seus
muros!
E aceitareis o verdadeiro
sacrifício, *
os holocaustos e oblações em
vosso altar!
Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre.
Amém.
Ant. Deus não poupou seu próprio
Filho, mas o entregou por todos nós.
Apagam-se as duas velas seguintes
em direção ao centro do candelabro de trevas.
Ant. 2 Jesus Cristo nos amou até
o fim e lavou nossos pecados com seu sangue.
Cântico Hab 3,2-4.13a.15-19
Deus há de vir para julgar
Erguei a cabeça, porque a vossa
libertação está
próxima (Lc 21,28).
Eu ouvi vossa mensagem, ó Senhor,
*
e enchi-me de temor.
Manifestai a vossa obra pelos
tempos *
e tornai-a conhecida.
Ó Senhor, mesmo na cólera,
lembrai-vos *
de ter misericórdia!
Deus virá lá das montanhas de
Temã, *
e o Santo, de Farã.
O céu se enche com a sua
majestade, *
e a terra, com sua glória.
Seu esplendor é fulgurante como o
sol, *
saem raios de suas mãos.
Nelas se oculta o seu poder como
num véu, *
seu poder vitorioso.
Para salvar o vosso povo vós
saístes, *
para salvar o vosso Ungido.
E lançastes pelo mar vossos
cavalos *
no turbilhão das grandes
águas.
Ao ouvi-lo estremeceram-me as
entranhas *
e tremeram os meus lábios.
A cárie penetrou-me até os ossos,
*
e meus passos vacilaram.
Confiante espero o dia da
aflição, *
que virá contra o opressor.
Ainda que a figueira não floresça
*
nem a vinha dê seus frutos,
a oliveira não dê mais o seu
azeite, *
nem os campos, a comida;
mesmo que faltem as ovelhas nos
apriscos *
e o gado nos curais:
mesmo assim eu me alegro no
Senhor, *
exulto em Deus, meu
Salvador!
O meu Deus e meu Senhor é minha
força *
e me faz ágil como a corça;
para as alturas me conduz com
segurança *
ao cântico de salmos.
Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e
sempre. Amém.
Ant. Jesus Cristo nos amou até o
fim e lavou nossos pecados com seu sangue.
Apagam-se as duas velas seguintes
em direção ao centro do candelabro de trevas.
Ant. 3
Adoramos, Senhor, vosso
madeiro, vossa
ressurreição nós
celebramos. A alegria
chegou
ao mundo
inteiro, pela cruz
que nós hoje
veneramos.
Salmo 147(147 B)
Restauração de Jerusalém
Vem! Vou mostrar-te a noiva, a
esposa do
Cordeiro! (Ap 21,9).
Glorifica o Senhor, Jerusalém!
*
Ó Sião, canta louvores ao teu
Deus!
Pois reforçou com segurança as
tuas portas, *
e os teus filhos em teu seio
abençoou;
a paz em teus limites garantiu
*
e te dá como alimento a flor do
trigo.
Ele envia suas ordens para a
terra, *
e a palavra que ele diz core
veloz;
ele faz cair a neve como lã
*
e espalha a geada como cinza.
–
Como de pão lança as migalhas do
granizo, *
a seu frio as águas ficam
congeladas.
Ele envia sua palavra e as
derrete, *
sopra o vento e de novo as águas
corem.
Anuncia a Jacó sua palavra, *
seus preceitos e suas leis a
Israel.
Nenhum povo recebeu tanto
carinho, *
a nenhum outro revelou os seus
preceitos.
Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e
sempre. Amém.
Ant. Glorifica Adoramos, Senhor,
vosso madeiro,
vossa ressurreição
nós celebramos. A
alegria
chegou ao mundo inteiro, pela
cruz que nós hoje
veneramos.
Apagam-se as duas velas seguintes
em direção ao centro do candelabro de trevas.
LEITURA BREVE Is 52,13-15
Ei-lo, o
meu Servo será
bem sucedido; sua
ascensão será
ao mais alto
grau. Assim como
muitos
ficaram pasmados ao vê-lo – tão
desfigurado ele
estava que
não parecia ser um homem
ou ter
aspecto humano
– do mesmo
modo ele
espalhará sua
fama entre os
povos. Diante dele
os reis se manterão em silêncio,
vendo algo que
nunca lhes foi narrado e
conhecendo coisas que
jamais ouviram.
Em lugar do responsório se diz,
de joelhos:
Ant. Jesus Cristo se humilhou e
se fez obediente,
obediente até à morte e morte de
cruz.
BENEDICTUS Lc 1, 68-79
Durante o
Benedictus apagam-se as
velas do altar.
Ant. Acima de sua cabeça puseram escrito o motivo
da culpa e do crime de Cristo: Jesus Nazareno, o Rei dos judeus.
Bendito † seja o Senhor Deus de
Israel, *
que a seu povo visitou e
libertou;
e fez surgir um poderoso Salvador
*
na casa de Davi, seu
servidor,
como falara pela boca de seus
santos, *
os profetas desde os tempos mais antigos,
para salvar-nos do poder dos
inimigos *
e da mão de todos quantos nos
odeiam.
Assim mostrou misericórdia a
nossos pais, *
recordando a sua santa
Aliança
e o juramento a Abraão, o nosso
pai, *
de conceder-nos que, libertos do inimigo,
a ele nós sirvamos sem temor
†
em santidade e em justiça diante
dele, *
enquanto perdurarem nossos
dias.
Serás profeta do Altíssimo, ó
menino, †
pois irás andando à frente do
Senhor *
para aplainar e preparar os seus
caminhos,
anunciando ao seu povo a
salvação, *
que está na remissão de seus
pecados.
Pelo amor do coração de nosso
Deus, *
Sol nascente que nos veio
visitar
lá do alto como luz
resplandecente *
a iluminar a quantos jazem entre
as trevas
e na sombra da morte estão
sentados †
e para dirigir os nossos passos,
*
guiando-nos no caminho da
paz.
Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e
sempre. Amém.
Ant. Acima
de sua cabeça
puseram escrito o motivo
da culpa e
do crime de Cristo:
Jesus Nazareno, o Rei dos judeus.
PRECES
Adoremos
com sincera piedade
a Cristo, nosso Redentor, que
por nós sofreu
a Paixão e,foi sepultado para
ressuscitar ao terceiro
dia; e peçamos humildemente:
Senhor, tende piedade de nós!
Cristo,
nosso Mestre e
Senhor, obediente até à morte
por nosso amor, – ensinai-nos
a obedecer sempre
à vontade do Pai.
Senhor, tende piedade de nós!
Cristo, nossa
vida, que morrendo
na cruz, destruístes o podrr da
morte e do inferno, – ensinai-nos
a morrer convosco,
para merecermos também ressuscitar
convosco na glória.
Senhor, tende piedade de nós!
Cristo, nosso
Rei, que fostes
desprezado como um verme
e humilhado como
a vergonha do gênero humano, –
ensinai-nos a imitar
a vossa humildade salvadora.
Senhor, tende piedade de nós!
Cristo, nossa
salvação, que destes
a vida por amor dos seres humanos, vossos irmãos e
irmãs, –
fazei que nos
amemos uns aos
outros com a mesma caridade.
Senhor, tende piedade de nós!
Cristo, nosso Salvador, que de
braços abertos na cruz quisestes atrair
para vós a
humanidade inteira, – reuni
em vosso reino
os filhos e
as filhas de Deus dispersos pelo mundo.
Senhor, tende piedade de nós!
Pai nosso que estais nos céus, santificado
seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim
na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as
nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,e não nos
deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
ORAÇÃO
Olhai com amor, ó Pai, esta vossa
família, pela qual nosso Senhor Jesus Cristo livremente se entregou às mãos dos inimigos e sofreu o suplício
da cruz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. R. Amém.
O Sacerdote entra na sacristia
com a vela que representa o Cristo, toda a Igreja fica escura, em seguida ele
retorna para mostrar que as trevas não vencerão. Em seguida ele abençoa e despede
o povo, dizendo:
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Abençoe-vos Deus
todo-poderoso, Pai e Filho
† e Espírito Santo.
R. Amém.
Dada a bênção,
acrescenta-se:
V. Ide em paz e o Senhor vos
acompanhe.
R. Graças a Deus.
Apaga-se a última vela do
candelabro de trevas.
Todos saem em silêncio
Gostaria de saber si o grupo de coroinhas poderia fazer esta celebraçao mande a resposta para meu imail
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